Bicheiro Marcelo Cupim é preso na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, por morte de filho de Piruinha
30/06/2025
(Foto: Reprodução) É a 2ª prisão de Cupim em menos de 2 anos. Em novembro de 2023, Cupim estava foragido e foi preso no inquérito da Operação Fim da Linha, deflagrada 1 ano antes. Ele foi denunciado pelos crimes de organização criminosa, corrupção e lavagem de dinheiro obtidos com a exploração de jogos de azar. Bicheiro Marcelo Cupim é preso na Barra da Tijuca por morte de filho de Piruinha
O bicheiro Marcelo Simões Mesqueu, o Marcelo Cupim, apontado como chefe da contravenção na Zona Norte do Rio de Janeiro, foi preso nesta segunda-feira (30) em uma operação do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), da Polícia Civil e da Corregedoria da PM.
É a 2ª prisão de Cupim em menos de 2 anos. Desta vez, ele foi para a cadeia por suspeita de envolvimento na morte do também contraventor Haylton Carlos Gomes Escafura, filho do bicheiro José Caruzzo Escafura, o Piruinha, em 2017. Namorada de Haylton, a soldado Franciene de Souza também foi encontrada morta na ocasião.
Nesta segunda, a força-tarefa saiu para cumprir o mandado de prisão contra Cupim — expedido pela 4ª Vara Criminal da Capital — e 15 mandados de busca e apreensão contra outros 6 investigados, incluindo 2 PMs.
Cupim estava em casa, uma mansão em um condomínio de alto luxo na Barra da Tijuca, quando os promotores e agentes chegaram.
Segundo as investigações, Cupim é ligado ao bicheiro Bernardo Bello, um dos principais nomes da contravenção do Rio, e tinha arrendado uma parte de pontos do bicho de Piruinha.
Segundo o Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado (Gaeco/MPRJ), Haylton teria tentado reassumir esses espaços — e por isso foi morto.
O Gaeco apura ainda o possível envolvimento de matadores ligados ao grupo conhecido como “Escritório do Crime”.
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A outra prisão
Em novembro de 2023, Cupim estava foragido e foi preso no inquérito da Operação Fim da Linha, deflagrada 1 ano antes. Ele foi denunciado pelos crimes de organização criminosa, corrupção e lavagem de dinheiro obtidos com a exploração de jogos de azar.
Conversas interceptadas com autorização da Justiça mostram que Cupim era acionado em diversos momentos para conter o fechamento de estabelecimentos que eram alvo de denúncias.
Segundo a investigação, ele era responsável por “interceder junto a policiais civis e militares corruptos para a liberação de tais estabelecimentos”.
Em outra conversa, Cupim afirma que a área à esquerda da linha do trem, em Cascadura, seria sua:
“A área é minha e pronto, acabou. Só você ver o mapa. Passando a rua, passando lá o nosso local, passando lá no final, pegando à esquerda da linha do trem, eu tenho vários negócios por lá. Então não pode parar ali, certo, naquela rua e depois continuar. Não existe isso”, afirma ele no áudio.
Marcelo Cupim
Reprodução/TV Globo
Marcelo Mesqueu, o Cupim
Reprodução