Justiça suspende lei que determinava fixação de cartazes antiaborto em hospitais do Rio

  • 03/07/2025
(Foto: Reprodução)
Lei proposta por vereadores e sancionada pelo prefeito Eduardo Paes (PSD) obrigava unidades de saúde a ter placas sobre aborto. As placas deveriam ter frases como 'Aborto pode acarretar consequências como infertilidade, problemas psicológicos, infecções e até óbito'. Atualmente, existem três situações em que o aborto é permitido no Brasil. AFP A Justiça do Rio de Janeiro suspendeu nesta quinta-feira (3) a lei municipal que determinava a fixação de cartazes com mensagens antiaborto em hospitais e clínicas da capital fluminense. A decisão atende a um pedido do Ministério Público do Estado (MPRJ), que ajuizou uma representação por inconstitucionalidade contra a norma. Na decisão liminar, o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) considerou que a lei extrapolou a competência do município na área da saúde e violou princípios constitucionais, como o da dignidade humana e da proporcionalidade. O texto também apontou possível vício de iniciativa, já que a proposta deveria partir do Poder Executivo. O projeto que deu origem a legislação foi proposto pelos vereadores Dr. Rogério Amorim (PL), Rosa Fernandes (PSD) e Márcio Santos (PV). Aborto legal é desencorajado em hospitais cadastrados para o procedimento, diz pesquisa da UniRio Segundo a representação por inconstitucionalidade ajuizada pelo procurador-geral de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, Antonio José Campos Moreira, a lei municipal contraria diretrizes nacionais de saúde pública e protocolos de atendimento humanizado, além de desrespeitar os direitos fundamentais das mulheres. "O conteúdo dos cartazes incute medo e culpa, em vez de informar sobre os direitos e serviços disponíveis em casos de aborto legal", dizia um trecho do documento. A legislação brasileira permite a interrupção da gravidez em casos de estupro, risco à vida da gestante e anencefalia fetal. O que é aborto legal O MPRJ também destacou que a norma municipal omite informações sobre as hipóteses legais de aborto e os serviços públicos disponíveis, além de veicular mensagens parciais e estigmatizantes. A decisão judicial ressalta ainda que a lei pode violar tratados internacionais, como a Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra a Mulher (CEDAW), ratificada pelo Brasil. A medida cautelar será submetida à ratificação do Órgão Especial do TJRJ. O município do Rio foi notificado e deverá cumprir a suspensão da norma imediatamente. 📸Clique aqui e siga o perfil do RJ1 no Instagram ✅Siga o canal do g1 Rio no WhatsApp e receba as notícias do Grande Rio direto no seu celular!

FONTE: https://g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/noticia/2025/07/03/justica-suspende-lei-que-determinava-fixacao-de-cartazes-antiaborto-em-hospitais-do-rio.ghtml


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